Não sabe usar estas palavras
não conhece a voz dos desertos
oráculo sonolento como pedra
exaurem-no línguas distantes,
ei-lo a avançar sob os cúmulos
na estação das novas letras
dá-se em poesia aos ventos
rude e mágico como o cobre.
Língua que ondula entre os mastros ele
é o cavaleiro das palavras estranhas.
Adonis, Poemas