Adrilles Jorge

Adrilles Jorge – Aqui

Para onde, por onde mira o desejo?
Que rosto, todo, detalhe,
que esboço, ato ou adejo,
que fim finaliza seu talhe?

Por que fim se esboça o princípio
que formula a intenção?
Por que todo se corta o início
que esboça uma ação?

Por onde responde
a queda do anseio
que encerra ao meio
o que de si e em si se esconde?

Por onde me venço e formulo meu pleito?
A que qualquer coisa estou sujeito?
De que tudo nada é feito?

Adrilles Jorge, Antijogo

Tudo é Poema

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