O ódio me sustenta
alicerça
o contrapeso de querer o que me esmaga
e concebe e não me sabe
O ódio precisa a exata necessidade
do que não preciso
e me dilapida, consumindo meu vazio
Como um calmo rancor
que embala a fome do toque
como o afeto da mãe que aleita o filho morto,
o ódio presta subversiva homenagem ao que amo.
Adrilles Jorge, Antijogo
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