Tudo é sono e escuridão;
Não há luz, nem meu ser dorme.
Perto de mim, uniforme,
Só o som do carrilhão,
Da parca o senil gaguejo,
Da noite dormente o adejo,
Da vida de rato a ação…
por que me inquietas, então?
Que expressas, ruído aborrido?
Repreensão? Ou gemido por todo meu dia vão?
O que de mim ora exiges?
Convocas-me?
A logo predizes?
Gostaria de captar
Teu sentido, e o hei de achar.
Alexander Púchkin, Poemas Russos
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