Toda foto é um adeus
Transformado em até breve,
Pois não há tempo que leve
Este eterno nunca mais.
Como estrelas que vão para o céu
Quando morrem a cada dia,
Em um ciclo de nostalgia
À noite tornam-se imortais.
Se a saudade é a lembrança
Que está presa na ampulheta
A cada instante obsoleta,
O tempo insiste em esquecê-la.
Eu procuro sempre o brilho
Nas pessoas, nos lugares.
E para que nada nos separe
Fotografo sua estrela.
Allan Dias Castro, Monja Coen, A monja e o poeta