Sonho com um peixe humano me dizendo oi e fujo por
entre as catracas do metrô Faço um aceno à minha avó
Ainda viva, sorri pra mim Chego em Juiz de Fora Subo a Braz
Bernardino até a Rio Branco Abro a porta de um prédio,
meu psicanalista é o porteiro Me pergunta onde eu vou Digo que vou até a minha infância
Ele avisa a minha infância que estou subindo Abro a porta do elevador, o ascensorista
é meu pai Nada me pergunta Ele aperta um andar e eu vou
com ele, quieta Chegamos no andar, ele abre a porta e em
seguida desaparece Vejo uma sala vazia com 2 homens
conversando na janela Quando me aproximo deles, serão
meus filhos e me abraçam
Ana Carolina, Ruído Branco