Bráulio Bessa

Bráulio Bessa – Mãe

Quantas vezes eu penso aqui sozinho
se eu mereço um amor tão puro e forte,
se foi Deus, o destino ou se foi sorte,
afinal, é tão duro esse caminho.
Aí chega você com seu jeitinho
me dizendo por onde caminhar,
cada pedra que eu devo desviar,
não descuida de mim por um segundo.
Se eu vivesse mil vidas nesse mundo
não seria o bastante pra te amar!

Te amar pelas noites maldormidas,
por pensar mais em mim do que em você,
pelas vezes que ouvi você dizer
que a vida era cheia de feridas,
e que é justo nas dores mais doídas
que a gente aprende a suportar,
que é caindo que se aprende a levantar,
até mesmo do poço mais profundo.
Se eu vivesse mil vidas nesse mundo
não seria o bastante pra te amar!

Te amar por ser brisa e furacão,
pelas vezes que tirei o seu juízo,
pelas vezes que estive indeciso
e você me ensinou a direção.
Te amar, mãe, por pura gratidão.
Te amar simplesmente por te amar.
Não existem palavras pra explicar,
só se pode sentir, bem lá no fundo.
Se eu vivesse mil vidas nesse mundo
não seria o bastante pra te amar!

Te amar por estar perto de mim,
não por ter o seu sangue ou sua cor.
Te amar só por ter o seu amor.
Te amar mais pelos nãos que pelos sins.
Te amar por plantar no meu jardim
o amor maior que se pode amar
e mostrar a forma certa de regar
esse sentimento puro e tão fecundo.
Se eu vivesse mil vidas nesse mundo
não seria o bastante pra te amar!

Por ser inteira em pedaços,
por ser lar e por ser lida,
por ser mil em uma só,
por ser sempre repartida,
por ser um pedaço de Deus
me dando um pedaço de vida.

Bráulio Bessa, Poesia que transforma

Tudo é Poema

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  • Quantas vezes eu penso aqui sozinho
    se eu mereço um amor tão puro e forte,
    se foi Deus, o destino ou se foi sorte,
    afinal, é tão duro esse caminho.
    Aí chega você com seu jeitinho
    me dizendo por onde caminhar,
    cada pedra que eu devo desviar,
    não descuida de mim por um segundo.
    Se eu vivesse mil vidas nesse mundo
    não seria o bastante pra te amar!

    Te amar pelas noites maldormidas,
    por pensar mais em mim do que em você,
    pelas vezes que ouvi você dizer
    que a vida era cheia de feridas,
    e que é justo nas dores mais doídas
    que a gente aprende a suportar,
    que é caindo que se aprende a levantar,
    até mesmo do poço mais profundo.
    Se eu vivesse mil vidas nesse mundo
    não seria o bastante pra te amar!

    Te amar por ser brisa e furacão,
    pelas vezes que tirei o seu juízo,
    pelas vezes que estive indeciso
    e você me ensinou a direção.
    Te amar, mãe, por pura gratidão.
    Te amar simplesmente por te amar.
    Não existem palavras pra explicar,
    só se pode sentir, bem lá no fundo.
    Se eu vivesse mil vidas nesse mundo
    não seria o bastante pra te amar!

    Te amar por estar perto de mim,
    não por ter o seu sangue ou sua cor.
    Te amar só por ter o seu amor.
    Te amar mais pelos nãos que pelos sins.
    Te amar por plantar no meu jardim
    o amor maior que se pode amar
    e mostrar a forma certa de regar
    esse sentimento puro e tão fecundo.
    Se eu vivesse mil vidas nesse mundo
    não seria o bastante pra te amar!

    Por ser inteira em pedaços,
    por ser lar e por ser lida,
    por ser mil em uma só,
    por ser sempre repartida,
    por ser um pedaço de Deus
    me dando um pedaço de vida.

    (Poema extraído do livro “Poesia que transforma”, pág. 91, Editora Sextante, 2018)

    *Como tem um erro no texto compartilhado, então estou deixando o texto aqui, tal como tem na obra do poeta. Abç!

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