Bráulio Bessa

Bráulio Bessa – O moinho

Vejo o tempo seguindo a correnteza
como um rio que segue seu caminho.
Obedece a lei da natureza
que transforma relógio em moinho.

Mói poder, mói orgulho, mói riqueza,
mói tecido de trapo ou de linho.
Mói a miss lhe roubando a beleza,
mói castelo, mói casebre, mói um ninho.

Mói o riso estampado em nossa face,
mói as pétalas de toda flor que nasce.
Para ser moído basta estar vivendo.

O moinho pouco a pouco nos matando
e o poeta atrevido revidando,
dando vida a um soneto e renascendo.

Bráulio Bessa, Um carinho na alma

Tudo é Poema

Publicado por
Tudo é Poema