Balançando na rede da lembrança,
enrolado no lençol da solidão,
segurando seu retrato em minha mão,
minha alma não cochila nem descansa.
Serei grato ao tempo que não cansa
e viaja sem perder velocidade
pra num dia qualquer da eternidade
colocar nossas almas frente a frente.
Não há dor que maltrate mais a gente
que o corte da navalha da saudade.
Ter paciência é um dom.
Ser impaciente também!
Bráulio Bessa, Um carinho na alma