na webcam a mudez branca do seu corpo
nu, aromas brancos que clareiam um sorriso franco,
a brancura do lençol que recebe seu corpo
sobre a cama, corpo que desnuda a cama,
o espaço em torno dos seus olhos processam, iluminados,
a brandura das paredes que envolvem seu corpo a
cada vez mais branco à medida que preenche
todo o espaço claro do quarto, nu
diante da tela pasma do computador, da câmera
assustada que envia violentamente para o espaço
o clarão de sua nudez que ilumina o mundo,
meu mundo abismado pelas letras
claras desenhadas na alvura de sua pele clara,
branca e clandestina que sorri o sorriso dessa noite
Caio Meira, Uma romance
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