Ana dos mil dias, ou de quantos mil segundos mais
de respiração áspera e opressa?
A cabeça suporta, em despressurização
polinizada, quanto tempo mais afundada na
cisterna dessa ausência, quando é verão
e o vento tatua nos abraços mais
que nos braços
o nome da cidade?
Quantos mais sem que eu
saiba como e quando (e se) gastar
na chama do impulso a pétala
do sexo e a queda
em sobressalto
da omoplata ao último alvéolo
suspirante?
Carlito Azevedo, Sublunar