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Ezra Pound

Ezra Pound

Ezra Pound – E assim em Nínive

Ezra Pound

“Sim! Sou um poeta e sobre minha tumba
Donzelas hão de espalhar pétalas de rosas
E os homens, mirto, antes que a noite
Degole o dia com a espada escura.

“Vê! não me cabe a mim
Nem a ti objetar,
Pois o costume é antigo
E aqui em Nínive já observei
Mais de um cantor passar e ir habitar
O horto sombrio onde ninguém perturba
Seu sono ou canto.
E mais de um cantou suas canções
Com mais arte e mais alma do que eu;
E mais de um agora sobrepassa
Com seu laurel de flores
Minha beleza combalida pelas ondas,
Mas eu sou um poeta e sobre minha tumba
Todos os homens hão de espalhar pétalas de rosas
Antes que a noite mate a luz
Com sua espada azul.

“Não é, Raana, que eu soe mais alto
Ou mais doce que os outros. É que eu
Sou um Poeta, e bebo vida
Como os homens menores bebem vinho.”


Ezra Pound, Antologia poética

Ezra Pound

Ezra Pound – Canto IV

Ezra Pound

Palácio em luz esfumaçada,
Tróia, só destroços de muralhas fumegantes,
ANAXIFORMINGES! Aurunculéia!
Ouça-me, Cadmo das Proas de Ouro!
Os espelhos de prata captam
Pedras a brilhar e reluzem,
Aurora, para o nosso despertar,
Mergulhos na luz que é verde-fria;
A névoa do rocio borrifa em relva
Lívidos tornozelos se movendo.
Bater, bater, zumbido, baque, no relvado macio
sob as macieiras.
Choros nympharum, patas de cabra, cada qual uma pata branca;

Lua crescente em águas azuladas,
Ouroverde em águas rasas;
Um galo negro canta lá na escuma;

E entre os pés curvos e esculpidos do divã,
garras do pé e cabeça de leão, um velho sentado,
Falando em sussurros…:
Ityn!
Et ter flebiliter, Ityn, Ityn!
E ela foi até a janela e se atirou,
“Ao mesmo tempo, o tempo, andorinhas cantando:
Ityn!
“É o coração de Cabestan no prato.”
“É o coração de Cabestan no prato?”
“Nenhum outro sabor em troca deste.”
E ela foi até a janela,
tênue verga de pedra branca
Formando um arco duplo;
Dedos parelhos, fortes, presos à pedra forte e pálida:
Balançou num momento,
e o vento de Rodez
Captado no enfunar da manga dela.
… as andorinhas cantando:
É. É. Ytis!
Actéon…
e um vale,
O vale está cerrado com as folhas, com as folhas, as árvores,
A luz solar cintila, cintila acima,
Como se fosse um telhado de escamas,
Como o telhado da igreja em Poictiers
Se fosse ouro.
Debaixo dele, debaixo dele
Nem um raio, nem uma faixa, nem um precário disco de luz solar
A laminar a água macia e negra;
Banhando o corpo de ninfas, de ninfas e Diana,
Ninfas em branco cerco à volta dela, e o ar, ar
Vibrando, um ar iluminado com a deusa,

arando seus cabelos pela treva.
Alçando, alçando e ondulando:
Marfim imergindo em prata,
Sombreado, sombreado
Marfim imergindo em prata,
Nem mancha, nem lasca de luz de sol.
Então Actéon: Vidal,
Vidal. É o velho Vidal falando,
tropeçando pela mata,
Nem fresta, nem um vacilo de luz de sol,
os lívidos cabelos dessa deusa.

Os cães saltam sobre Actéon,
“Para cá, para cá, Actéon”,
Veado com as manchas da mata;
Ouro, ouro, um feixe de cabelos,
espesso como estria de trigais,
Brilha, brilha no sol,
Os cães saltam sobre Actéon.
Tropeçando, tropeçando pela mata,
Murmurando, murmurando Ovídio:
“Pergusa… fonte… fonte… Gargáfia,
“Fonte… fonte de Sálmacis.”
Balança a armadura vazia, move-se o pequeno cisne.

Assim chove a luz, assim entorna, e lo soleils plovil
O cristal líquido e arrojado
sob os joelhos dos deuses.
Camada sobre camada, tênue luzir de água;
Vão alvas pétalas pelos filetes do regato.
Os pinheirais de Takasago
sobem com os pinheiros de Isé!
A água revira a areia em luz em frente à fonte
“Mire a Árvore dos Semblantes!”
Pontas de galhos fendidos,
Flamejando como lótus,
Camada sobre camada
O ralo fluido em redemunho,
sob os joelhos dos deuses.

Fusão de archotes no fulgor
fixa flamas da cozinha na esquina,
Ágata azul a envolver o céu (como em Gourdon naquele tempo)
o respingo da resina,

Sândalo de açafrão põe pétalas no pé pequeno: Hymenaeus Io!
Hymen, Io Hymenaee! Aurunculéia!
A flor carmim lançada sobre a pedra branca.

E Sõ-Gioku, dizendo:
“Este vento, Senhor, é o vento do monarca,
Este vento é vento do palácio,
Agitando os repuxos imperiais.”
E Ran-ti, afrouxando o colarinho:
“Este vento ressoa no fundo da terra,
deixa estrias na água.”
Nenhum vento é o vento do monarca.

Que cada vaca fique com o seu bezerro.
“Este vento é envolvido em cortinas de gaze…”
Nenhum vento é o do monarca…
Os cameleiros sentaram-se na curva da escada,
Miram Ecbátana das ruas diagramadas,
“Danaë! Danaë!
Qual vento é o do monarca?”
A fumaça adere ao rio,
Folhas de pessegueiros brilham n’água,
Golpes de som na névoa vespertina,
Bote passa raspando pelo vau,
Vigas douradas sobre a água preta,
Três degraus em campo aberto,
Postes de pedra cinza conduzindo…

Père Henri Jacques falaria com o Sennin, em Rokku,
Monte Rokku entre os cedros e o rochedo,
Polhonac,
Como Gyges na louça trácia fez a festa.
Cabestan, Terreus,
É o coração de Cabestan no prato,
Vidal ou Ecbátana, na torre de ouro em Ecbátana
Paira a noiva de deus, e para sempre,
Esperando a chuva de ouro.
Pelo Garona. “Saave!”
O Garona é espesso como tinta,
Procissão, — “Et sa’ave, sa’ave, sa’ave Regina!” —
Move-se como um verme em multidão.
Ádige, transparente película de imagens,
Através do Ádige, por Stefano, Madonna in hortulo,
Tal como Cavalcanti a vira
O calcanhar do Centauro firma-se na terra de argila
E nós sentamos aqui…
lá na arena…

 

Ezra Pound, Os Cantos

Ezra Pound

Ezra Pound – Canto III

Ezra Pound

Sentei-me nas escadas de Dogana
Pois as gôndolas, muito caras naquele ano,
E lá não estavam “aquelas garotas”; havia uma face,
E o Buccentoro, a vinte jardas, bradando “Stretti”,
E as vigas no Morosini clareadas naquele ano,
E pavões na morada de Koré, ou talvez tenham lá estado.
Flutuam deuses no ar azul,
Deuses radiantes e toscanos,
de volta antes do orvalho ser vertido.
Luz: e a luz primeira antes de qualquer orvalho.
Paniscos, e emergindo do carvalho, dríade,
E vindo da maçã, melíade,
Através da floresta e folhas cheias de vozes
Sussurrantes, e as nuvens inclinadas sobre o lago,
E lá estão deuses sobre elas,
E dentro d’água as amendoadas nadadoras,
A água prateada vitrifica os seios,
Como Poggio havia reparado.
Veias verdes na turquesa,
Ou: a escada cinza segue acima sob os cedros.

Meu Cid foi no cavalo para Burgos,
Até o portão de pregos entre duas torres,
Golpeou-o com a lança, e veio a criança
Una niña de nueve años,
À pequena sacada sobre o portão, entre as torres,
Lendo o mandado, você tinnula:
Que nenhum homem fale, alimente, ajude Ruy Díaz,
Sob a pena de ter o coração
Arrancado e espetado numa estaca,
Os olhos extraídos, os bens seqüestrados,
“E aqui, Myo Cid, estão os selos,
A grande chancela e o mandado.”
E veio embora de Bivar, Myo Cid,
E lá nenhum falcão ficou pelos poleiros,
E lá nenhuma roupa nos armários,
E, com Raquel e Vidas, a bagagem,
O grande caixote de areia aos agiotas,
A fim de receber o pagamento do criado;
Abrindo seu caminho até Valência,
Inês de Castro assassinada, e um muro
Ora desguarnecido, ora intocado.
Sinistro dissipar, a cor é pó na pedra,
Cai o reboco, Mantegna pintou o muro.
Trapos de seda, “Nec Spe Nec Metu”.

Ezra Pound, Os Cantos

Ezra Pound

Ezra Pound – Canto II

Ezra Pound

Cesse tudo, Robert Browning,
somente pode haver um único “Sordello”.
Mas Sordello, e o meu Sordello?
Lo Sordels si fo di Mantovana.
So-shu sacudiu o mar.
Saltos de foca nos flocos espumados da ressaca,
Cabeça polida, filha de Lir,
olhos de Picasso
Sob o capuz de peles pretas, sinuosa filha do oceano;
E a onda corre pelo rego da praia:
“Eleonora,  ἑλέναυς e ἑλέπτολις!”
E o pobre velho Homero cego, cego, como um morcego,
Ouvir, ouvir o agitar do mar,
Murmúrios, vozes de homens velhos:
“Deixai-a voltar aos navios,
De novo entre as faces gregas,
Para que o mal não chegue a nós,
Mal e mal adiante,
E uma praga rogada sobre nossos filhos;
Move-se, ela se move como deusa
E tem o rosto de um deus
e a voz das filhas de Schoeney,
E a má sina segue os passos dela
Deixai-a retornar para os navios,
retornar às vozes gregas.”
E pelos arredores da praia, Tiro,
Braços entrelaçados do deus-mar,
Sinuosos músculos d’água enlaçando-a,
E o vidro cinzazul da vaga que os engolfa,
Brilho azul de água, frio tumulto, denso abrigo.
Sereno fulvo sol areia estirada,
Gaivotas abrem as asas,
remexendo nas pernas reviradas;
Narcejas chegam para o seu banhar,
distendem as juntas das asas,
Espraiam asas úmidas na pele do sol,
E ao largo de Scios
à esquerda da passagem de Naxos,
Uma elevada rocha naviforme,
agarram-se algas pela sua borda;
Há um luzir vermelho-vinho nos baixios,
clarão metálico no deslumbrar do sol.

O navio atracou em Scios,
os homens desejando a água da nascente,
E perto dela um jovem zonzo com o vinho novo:
“A Naxos? Sim, nós te levaremos a Naxos,
Vem embora garoto.” “Não por ali!”
“Sim, aquele caminho é para Naxos.”
E eu disse: “É um navio muito bom.”
E um ex-presidiário italiano
derrubou-me entre as cordas desse mastro,
(Ele era procurado por homicídio em Toscana)
E todos os vinte contra mim,
Loucos por um escasso dinheiro escravo.
E levaram-na de Scios
E fora de sua rota…
E o jovem voltou a si no vozerio,
E por cima da proa ele mirou
e para leste, e para a passagem de Naxos.
Divina perícia então, divina perícia:
Nave no meio do redemoinho,
Hera pelos remos, Rei Penteu,
uvas sem semente somente escuma,
Hera no embornal.
Sim, eu, Acetes, lá fiquei
e os deuses a meu lado,
Água cortante sob a quilha,
Ondas golpeando a popa,
águas escorrendo pela proa,
E onde estavam as falcas, ora estão as cepas,
E gavinhas por onde estavam cordas
e folhas de parreira nos toletes,
Pesadas vinhas sobre os cabos dos remos,
E, de lugar nenhum, o respirar,
hálito quente em meus tornozelos,
Feras como sombras no espelho,
uma cauda peluda a espanar sobre o nada.
O ronronar do lince e um agro olor de feras,
onde havia odor de breu,
Bafo e pegadas de feras,
cintilar de olhos sai do ar sombrio.
Céu seco e carregado, sem tormenta,
Bafo e pegadas de feras,
pêlos passando pelos meus joelhos,
Rumor de bainhas etéreas,
áridas formas no aether.
E a nau qual uma quilha no estaleiro,
imóvel como o boi no ferrador,
Os frisos encaixados nas carreiras,
cacho de uvas nas cavilhas,
vazio ganhando corpo.
Ar sem vida se torna musculoso,
lazer felino de panteras,
Leopardos farejando uvas pelo embornal,
Panteras encolhidas na escotilha,
E o mar desse azulfundo em torno a nós,
rosaverde em sombras.
E Lieu: “Desde agora, Acetes, meus altares,
Sem medo de qualquer escravidão,
sem medo de nenhum felino lá da selva,
Protegido com meus linces,
dando uvas aos meus leopardos,
Olibano é meu incenso,
crescem videiras em louvor a mim.”

O rebate das vagas ora suave
nas correntes do leme,
Focinho preto de um porco-do-mar
onde Licabs estivera
Escamas revestindo os remadores.
E eu prezo.
Eu vi o que vi.
Quando chegaram com o menino eu falei:
“Carrega um deus consigo
malgrado não saiba eu que deus.”
E me chutaram às cordas do mastro da proa.
Vi o que vi:
O rosto de Medon como de um peixe-galo,
Braços transformados em barbatanas. E tu, Penteu,
Deverias ouvir Tirésias, e a Cadmo
ou tua sorte vai te abandonar.
Escamas cobrem virilhas,
o ronronar de lince pelo mar…
E alguns anos depois,
pálida junto às algas em vermelho-vinho,
Se te inclinares sobre a rocha
a face de coral na cor das vagas,
A rósea palidez sob os refluxos d’água,
Eleutéria, a bela Dafne em beira-mar,
Braços da nadadora tornaram-se ramos,
Quem dirá em que ano,
escapando de um bando de tritões,
As suaves sobrancelhas, entrevistas,
a placidez agora do marfim.

E So-shu sacudiu o mar, So-shu também,
usando a longa lua para desnatar…
Sinuoso volteio de água,
músculos de Posídon,
Azul escuro e vítreo
Vítrea vaga sobre Tyro,
Cerrado abrigo, intranqüilidade,
luzidio revolver dos cordéis de ondas,
Então água tranqüila,
tranqüila nas areias de camurça,
Aves marítimas estirando as asas,
a chapinhar em frinchas de rocha e de areia
No correr de ondas pela meia duna;
O vítreo luzir de vagas
no investir das marés à luz do sol,
palidez de Héspero,
Cimo cinza da onda,
onda, cor de polpa de uva.

Cinza-oliva aqui perto,
distante cinza-fumo do rochedo,
Asas rosa-salmão da águia marinha
lançando sombras cinza sobre a água,
A torre como imenso ganso de um só olho
alça o pescoço acima da aléia de olivas,

E escutamos os faunos a acusar Proteu
dentre o cheiro de feno sob as oliveiras,
E as rãs cantando contra os faunos
na penumbra.
E…

Ezra Pound, Cantos

Ezra Pound

Ezra Pound – Canto I

Ezra Pound

E pois com a nau no mar,
Assestamos a quilha contra as vagas
E frente ao mar divino içamos vela
No mastro sobre aquela nave escura,
Levamos as ovelhas a bordo e
Nossos corpos também no pranto aflito,
E ventos vindos pela popa nos
Impeliam adiante, velas cheias,
Por artifício de Circe,
A deusa benecomata.
Assim no barco assentados
Cana do leme sacudida em vento
Então com vela tensa, pelo mar
Fomos até o término do dia.
Sol indo ao sono, sombras sobre o oceano
Chegamos aos confins das águas mais profundas.
Até o território cimeriano,
E cidades povoadas envolvidas
Por um denso nevoeiro, inacessível
Ao cintilar dos raios de sol, nem a
O luzir das estrelas estendido,
Nem quando torna o olhar do firmamento
Noite, a mais negra, sobre os homens fúnebres.
Refluindo o mar, chegamos ao local
Premeditado por Circe.
Aqui os ritos de Perímedes e Euríloco e
“De espada a cova cubital escavo”.
Vazamos libações a cada morto,
Primeiro o hidromel, depois o doce
Vinho mais água com farinha branca.
E orei pela cabeça dos finados;
Em Ítaca, os melhores touros estéreis
Para imolar, cercada a pira de oferendas,
Um carneiro somente de Tirésias,
Carneiro negro e com guizos.
Sangue escuro escoou dentro do fosso,
Almas vindas do Erebus, mortos cadavéricos,
De noivas, jovens, velhos, que muito penaram;
Úmidas almas de recentes lágrimas,
Meigas moças, muitos homens
Esfolados por lanças cor de bronze,
Desperdício de guerra, e com armas em sangue
Eles em turba em torno de mim, a gritar,
Pálido, reclamei-lhes por mais bestas;
Massacraram os rebanhos, ovelhas sob lanças;
Entornei bálsamos, clamei aos deuses.
Plutão, o forte, e celebrei Prosérpina;
Desembainhada a diminuta espada,
Fiquei para afastar a fúria dos defuntos,
Até que ouvisse Tirésias.
Mas primeiro veio Elpenor, o amigo Elpenor,
Insepulto, jogado em terra extensa,
Membros que abandonamos em casa de Circe,
Sem agasalho ou choro no sepulcro,
Já porque outras labutas nos urgiam.
Triste espírito. E eu gritei em fala rápida:
“Elpenor, como veio a esta praia escura?
Veio a pé, mais veloz que os marinheiros?”
E ele, taciturno:
“Azar e muito vinho. Adormeci
Na morada de Circe ao pé do fogo.
Descendo a escadaria distraído
Desabei sobre a pilastra,
Com o nervo da nuca estraçalhado,
O espírito procurou o Avernus.
Mas, ó Rei, me lembre, eu peço,
E sem agasalho ou choro,
Empilhe minhas armas numa tumba
À beira-mar com esta gravação:
Um homem sem fortuna e com um nome a vir.
E finque o remo que eu rodava entre os amigos
Lá, ereto, sobre a tumba.”

Veio Anticléia, a quem eu repelia,
E então Tirésias tebano,
Levando o seu bastão de ouro, viu-me
E falou primeiro:
“Uma segunda vez? Por quê? homem de maus fados,
Face aos mortos sem sol e este lugar sem gáudio?
Além do fosso! eu vou sorver o sangue
Para profecia.”
E eu retrocedi,
E ele, vigor sangüíneo: “Odysseus
Deverás retornar por negros mares
Através dos rancores de Netuno,
Todos teus companheiros perderás.”
Depois veio Anticléia.
Divus, repouse em paz, digo, Andreas Divus,
In officina Wecheli, 1538, vindo de Homero.
E ele velejou entre sereias ao
largo e além até Circe.
Venerandam,
Na frase em Creta, e áurea coroa, Afrodite,
Cypri munimenta sortita est, alegre, orichalchi, com dourados
Cintos, faixas nos seios, tu, com pálpebras de ébano
Levando o ramo de ouro de Argicida. Assim:

Ezra Pound, Cantos