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Fernanda Gonzalez

Fernanda Gonzalez

Fernanda Gonzalez – Manhã

Fernanda Gonzalez

Manhã tem cheiro.
Orvalho ainda fresquinho.
Ar gelado no nariz.
Alma se abrindo ao novo dia.

Pano coando café.
Na folha novinha da vida,
capricho na letra bonita.
Pão quentinho da venda.

O sol arrisca um bom-dia arregalado
e tudo que é noite vai embora.
Luz clareando os destinos.
Se não fiz ontem, proponho-me agora.

Fernanda Gonzalez, Leve feito Borboleta

Fernanda Gonzalez

Fernanda Gonzalez – Amor e imaginação

Fernanda Gonzalez

Se tudo fosse amor
e não houvesse ilusão,
o feio seria bonito.
Para cada erro, um perdão.

Nem mistério ou segredo.
Saudade não haveria.
Sem outono ou inverno.
Todo dia só verão!

Somente graça não teria
essa vida sem emoção:
encontro sem expectativa,
beijo sem despedida,
aperto de olhos sem tum-tum no coração.

Amor precisa de sonho, menina!
De lágrima e alegria.
Gosto de perda e reencontro.
Delícias da imaginação.

Fernanda Gonzalez – Leve feito borboleta

Fernanda Gonzalez

Fernanda Gonzalez – Leve

Fernanda Gonzalez

Ah, menina, se eu pudesse te pegar no colo…
encheria teu cangote de cheiro,
e te faria rir até soltar tua gargalhada gostosa.
Te tiraria um pouco de ti,
para lembrar-te quem realmente és.

Deixaria o pesado um pouco de lado.
Dar conta de tudo não deve ser nosso legado.

Lembraria que tem dia de concha,
e dia de limonada.
Dia de noite, e de claridade.

Que aceitar a bonança, sem culpa, dá sentido à tempestade.
E que o mundo continua mundo depois que a gente parte.

Que colo às vezes é voz ou vídeo.
Que a massagem mais relaxante é a que recebemos dentro do ouvido.

E que a felicidade é dar valor a tudo,
e ao mesmo tempo, a nada.
Como o leve voar da borboleta.

Fernanda Gonzalez, Leve feito borboleta