Se o poema interessar
você se detém nessa página tempo
suficiente para produzir
uma manchinha de café.
Uma manchinha de café
não decodificada
ou com reminiscências
de matagal, de pesponto
de cabeça de rã.
Esta confirmação
da materialidade
pelas próprias mãos
adensa o poema
e enobrece a página.
A 39, para sermos exatos.
Laura Wittner, Tradução da estrada – Tradutor, Estela Rosa, Luciana Di Leone