Se há
a dualidade quântica
onda-partícula
ou se ela é não exatamente
este bimodelo
ou elo estranho
mas algo mais ín
timo, mais úl
timo, até
uno –
ainda assim por ora
tudo é dúbio,
duplo –
do bio
ao que parece parede
sem vida
e contudo sabemos
que vibra.
Nossos brindes ao mundo
portanto –
por tanto não óbvio
seja em volta
seja nas entranhas esquisitas
da matéria: das coisas
nas áreas
mais aéreas (estrelas)
às dos vermes
das goiabas
sem lacuna para as líquidas
em que as baleias e mais
fazem a festa.
Cobras e voltagens
deveriam ser
trivirrealidades
de deixar mudas as bocas
mais ávidas.
Lino Machado, Coleção II Prêmio UFES de Literatura