Grilo, grilarim,
Tens um canto azul
Na noite de cetim!
Cigarra, cigarraia,
Tens um canto branco
No dia de cambraia!
Formiga, miga, miga,
Só tu cantas os nadas
Do silêncio do Sol,
Das estrelas caladas…
Matilde Rosa Araújo, O Livro da Tila
Grilo, grilarim,
Tens um canto azul
Na noite de cetim!
Cigarra, cigarraia,
Tens um canto branco
No dia de cambraia!
Formiga, miga, miga,
Só tu cantas os nadas
Do silêncio do Sol,
Das estrelas caladas…
Matilde Rosa Araújo, O Livro da Tila
Chuva, porque cais?
Vento, aonde vais?
Pingue… Pingue… Pingue…
Vu… Vu…Vu…
Chuva, porque cais?
Vento, aonde vais?
Pingue… Pingue… Pingue…
Vu… Vu…Vu…
Ó vento que vais,
Vai devagarinho.
Ó chuva que cais,
Mas cai de mansinho.
Pingue… Pingue…
Vu… Vu…
Muito de mansinho
Em meu coração
Já não tenho lenha
Nem tenho carvão…
Pingue… Pingue…
Vu… Vu…
Que canto tão frio,
Que canto tão terno,
O canto da água,
O canto do Inverno…
Pingue…
Que triste lamento,
Embora tão terno,
O canto do vento
O canto do Inverno…
Vu…
E os pássaros cantam
E as nuvens levantam.
Matilde Rosa Araújo, O livro da Tila