Mia Couto

Mia Couto – O pecado do rio

Na igreja, Rosarinho se confessou: engravidei do rio, senhor padre. Com gesto de água arredondou o ventre. O padre se… Leia Mais

5 anos atrás

Mia Couto – Errar

Na escolinha, a menina, propícia a equívocos, disse: — Masculino de noiva é navio. Repreenderam, riscaram, descontaram. Mas ela estava… Leia Mais

5 anos atrás

Mia Couto – A casa

Sei dos filhos pelo modo como ocupam a casa: uns buscam os recantos, outros existem à janela. A uns satisfaz… Leia Mais

5 anos atrás

Mia Couto – Para ti

Foi para ti que desfolhei a chuva para ti soltei o perfume da terra toquei no nada e para ti… Leia Mais

5 anos atrás

Mia Couto – Biofagia

Meu vício é vitalício: comer a Vida deitando-a entontecida sobre o linho do idioma. Nesse leito transverso dispo-a com um… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – Lições

Não aprendi a colher a flor sem esfacelar as pétalas. Falta-me o dedo menino de quem costura desfiladeiros. Criança, eu… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – Ignorância

A minha morte foi tão breve que nem dei conta da lágrima. Uns levam caixão para ir para a terra.… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – O degrau da lágrima

Nasci numa casa com escada.  Aquela escada,  dizem,  nasceu antes da casa.  O seu motivo  era o de todas as… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – Testamento

Tudo o que tenho  não tem posse:  o rio e suas ocultas fontes,  a nuvem grávida de novembro,  o estilhaçar… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – Falas de uns

O caçador fala,  o marinheiro cala.  Um vive de morte emboscada,  outro se amarra em cais de partida.  O homem… Leia Mais

6 anos atrás