Mia Couto

Mia Couto – Estátua

Da abandonada estátua partilho o mineral destino: encherei de vazio a pedra, e manterei os olhos polidos pelos dejetos dos… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – Prematuros olhos

Muito antes de mim,  os meus olhos  andaram a despir o mundo.  O que era roupa  tombou num escuro abismo, … Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – Árvore

Onde os frutos maduram: sal e sol em minhas veias, luz e mel em boca alheia. Onde plantei a alta… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – Doença

O médico serenou Juca Poeira. Que ele já não padecia da doença que ali o trouxera em tempos. E o… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – O Pecador do rio

Na igreja, Rosarinho se confessou: engravidei do rio, senhor padre. Com gesto de água arredondou o ventre. O padre se… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – A adiada enchente

Velho, não. Entardecido, talvez. Antigo, sim. Me tornei antigo porque a vida, tantas vezes, se demorou. E eu a esperei… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – A lentidão da sede

A chegada dos bois ao bebedouro me ensina a espera, o tempo da água no corpo da terra. O boi… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – O amor, meu amor

Nosso amor é impuro como impura é a luz e a água e tudo quanto nasce e vive além do… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – Tardio

Quando quis ser fruto fui fome, não mais do que areia de um chão sem cio. Quando sonhei ser pano… Leia Mais

6 anos atrás

Mia Couto – Rosa

Não ascendo a rosa. Fico por espinho, crosta, remorso. Lição do gesto de quem retira a mão, gotejando sangue, em… Leia Mais

7 anos atrás