E nascemos sem nós querermos,
E vivemos sem saber
A razão porque vivemos.
Onda desfeita no ar,
Esperança que brada em espuma
Contra a muralha de pedra
Dum desconhecido destino.
E a maré, vida em fermento,
Nunca cansa de bater
Contra esse muro de granito
Na ânsia de o desfazer.
Saraiva Batarda, Poesia em Moçambique