A chuva chove mansamente…
como um sono Que tranquilize,
pacifique, resserene…
A chuva chove mansamente…
Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine…
E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono…
Véspera triste como a noite, que envenene
A alma, evocando coisas líricas de outono…
Cecilia Meireles, Nunca mais e poema dos poemas
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