Os violinos choram, soturnos,
Dentro da noite morta e triste,
Elegias vãs de Noturnos…
E nada existe… nada existe…
Sombras. A câmara apagada…
Sombras… Meu vulto é longe… ausente…
Silencio… Calma… Sonho… Nada…
Vago, leve, indecisamente…
Noite. Que noite!… Pelas bordas
Das jarras negras, morrem lírios…
Chopin. Falecem pelas cordas
Tremulas trêmulos martírios…
Andam, no vento, aromas soltos,
Saudades lentas… Alto, passa
O véu do luar nos céus revoltos,
Cheiros de signos de desgraça…
Cecilia Meireles, Nunca mais
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