Cecília Meireles

Cecilia Meireles – Tanta tinta

cecilia meireles
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Ah! Menina tonta,
toda suja de tinta
mal o sol desponta!

(Sentou-se na ponte,
muito desatenta…
E agora se espanta:
Quem é que a ponte pinta
Com tanta tinta?…)

A ponte aponta
e se desaponta.
A tontinha tenta
limpa a tinta,
ponto por ponto
e pinta por pinta…

Ah! A menina tonta!
Não viu a tinta da ponte!

 

Cecilia Meireles, Ou isto ou aquilo

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3 Comentários

  • Responder
    maryeefra
    05/01/2021 at 17:57

    Nossa, eu conheço esse poema desde meus 9 anos de idade e me marcou muito. Isso faz 27 anos.

  • Responder
    Fabiana Lima
    26/04/2024 at 16:24

    Lembro da gravura no livro onde tinha esse poema, fazia a segunda série devia ter uns 8 anos… Que tempo rápido lá se vão mais de 40 anos e lembro sempre desse poema quando ouço as palavras tinta e tonta 🙂

    • Responder
      Tudo é Poema
      28/11/2024 at 13:29

      Que lindo como a memória se conecta com os versos de um poema! Às vezes, uma palavra ou imagem fica marcada em nós, atravessando o tempo. É incrível como esses momentos ficam tão vivos, mesmo após tantos anos. Obrigado por compartilhar essa lembrança!

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