Escola, prisão, orfanato público,
Percorri seus corredores cinzentos
De pé nos cantos mais escuros
a cara contra a parede.
O assassino sentou-se na fileira da frente.
Uma Ofelinha louca
Escreveu a data no quadro-negro.
O carrasco era meu melhor amigo.
Sempre de preto.
Paredes fendidas, descascadas
Grades em todas as janelas,
Sequer uma lâmpada
Para o menino na solitária
E o velho diretor
Põe os óculos.
Naquele cômodo com seus poentes vermelhos,
Era a vez da eternidade falar,
E nós ouvíamos sem respirar
Embora nossos corações
Fossem feitos de pedra.
Charles Simic, Meu anjo da guarda tem medo do escuro
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