Meu medo não é o vírus
que pode me tirar o ar.
Temo pelo desconhecido
medo maior que o do mar.
Meu medo, repito, não é o vírus
que pode de tudo me afastar.
Meu medo é perder teu sorriso
esse jeito tão teu de me olhar.
Meu medo, já disse, não é o vírus
ainda que ele possa me matar.
Medo maior é o desvario
de um dia não mais te encontrar.
Christovam de Chevalider, Inventário de esperanças e outros poemas