Azul e branco.
Azul e branco.
Azul e branco.
Duas a duas,
três a três,
quatro a quatro,
uma a uma.
Azul e branco.
Azul e branco,
aqui, ali
nas ruas, nas casas,
nas igrejas.
Indo e vindo.
Azul e branco.
Azul e branco.
E livros.
Muita classe,
Muita linha.
Exemplares – moças do Colégio.
Uma a uma.
Duas a duas.
Em grupos. Dispersas.
Aqui e ali,
marcadas, marcantes.
Azul e branco.
Livros e cadernos.
Marca do Colégio:
nobreza, distinção.
Marca da casa
que nos recebe:
polimento, instrução.
Alunas hoje.
ex-alunas, amanhã.
E outra geração virá
depois da minha.
E mais outra
e mais outra
e mais outra,
fazendo ronda
fazendo roda
em volta de alguém
que se respeita
e que se quer muito bem,
sem se saber.
E vem depois de muito tempo
as saudades do Colégio,
superiora, professoras, Irmãs,
e a branca capela
onde a gente reza
pedindo coisas lá de fora,
que a gente imagina tão boas
porque não conhece
a vida sofrida
lá de fora.
Azul e branco.
Azul e branco.
Azul e branco.
Vai passando, repassando,
levando mensagens do Colégio.
E depois do sonho realizado,
depois do desencanto
e do acordar,
voltam em peregrinação
lembranças e gratidão,
doçuras novas, imprevistas
encontradas no passado.
E a gente que partiu
ansiosa, moça e afoita,
volta – graças a Deus!
Pergunta pelas Irmãs.
Relembra a Santa Madre.
Reverencia passagens, memórias.
E traz filhos pela mão.
Cora Coralina, Vila boa de Goyaz
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