Nas largas mutações perpétuas do universo
O amor é sempre o vinho enérgico, irritante…
Um lago de luar nervoso e palpitante…
Um sol dentro de tudo altivamente imerso.
Não há para o amor ridículos preâmbulos,
Nem mesmo as convenções as mais superiores;
E vamos pela vida assim como os noctâmbulos
À fresca exalação salúbrica das flores…
E somos uns completos, célebres artistas
Na obra racional do amor – na heroicidade,
Com essa intrepidez dos sábios transformistas.
Cumprimos uma lei que a seiva nos dirige
E amamos com vigor e com vitalidade,
A cor, os tons, a luz que a natureza exige!…
Cruz e Sousa, Obra Completa vol. 1
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estou a conhecer o autor e vou participar duma antologia em sua homenagem. adorei o Amor.