Ó mundo, que és o exílio dos exílios,
Um monturo de fezes putrefato,
Onde seres vis circula nos concílios.
Onde de almas em pálidos idílios
O lânguido pefume mais ingrato
Magoa tudo e é triste como o tato
De um cego embalde levantando os cílios.
Mundo de peste, de sangrenta fúria
E de flores leprosas da luxúria,
De flores negras, infernais, medonhas.
Oh! como são sinistramente feios
Teus aspectos de fera, os teus meneios
Pantéricos, ó Mundo, que não sonhas!
cruz e souza, Últimos sonetos
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