Longos e longos anos esperei uma visita,
mas só os ramos agitaram a ventania.
Disseram-me – o longe é sem fim.
Todavia, voltei àquele bosque
e lá só estava uma lua de cinzas.
Redisse então tudo o que foi dito:
o nome de flores clandestinas
À mais funda das raízes eu disse
– ermos são de almas vivas
e toda volta é um descaminho.
Felizmente, só estava no bosque uma lua de cinzas.
Deborah Brennand, Poesia reunida
Sem comentários