Onde o poeta pára, o poema
começa. O poema só pede
que o poeta saia do caminho.
O poema se esvazia
para se preencher.
O poema está mais perto do poeta
quando o poeta lamenta
que ele sumiu para sempre.
Quando poeta desaparece
o poema se torna visível.
Que pode o poema escolher
de melhor para o poeta?
Escolherá que o poeta
não escolha por si.
Donald Hall, Selected poems 1946-2006
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