Terra da liberdade!
Pátria de heróis e berço de guerreiros,
Tu és o louro mais brilhante e puro,
O mais belo florão dos Brasileiros!
Foi no teu solo, em borbotões de sangue,
Que a fronte ergueram destemidos bravos,
Gritando altivos ao quebrar dos ferros,
Antes a morte que um viver de escravos!
Foi nos teus campos de mimosas flores,
A voz das aves, ao soprar do norte,
Que um rei potente às multidões curvadas
Bradou soberbo – Independência ou morte!
Foi de teu seio que surgiu, sublime,
Trindade eterna de heroísmo e glória,
Cujas estátuas, – cada vez mais belas,
Dormem nos templos da Brasília história!
Eu te saúdo, oh! majestosa plaga,
Filha dileta, – estrela da nação,
Que em brios santos carregaste os cílios
À voz cruenta de feroz Bretão!
Pejaste os ares de sagrados cantos,
Ergueste os braços e sorriste à guerra,
Mostrando ousada ao murmurar das turbas
Bandeira imensa da Cabrália terra!
Eia! – Caminha, o Partenon da glória
Te guarda o louro que premia os bravos!
Voa ao combate repetindo a lenda,
– Morrer mil vezes que viver escravos!
Fagundes Varela, Melhores poemas