Ferreira Gullar

Ferreira Gullar – A avenida

O relógio alto, as
flores que o vento subjuga,
a grama a crescer
na ausência dos
homens.
Não obstante,
as praias não cessam.
Simultaneidade!
diurno
milagre, fruto de
lúcida matéria – imputrescível! O
claro contorno elaborado
sem descanso. Alegria
limpa, roubada sem qualquer
violência ao
doloroso trabalho
das coisas!

 

Ferreira Gullar, Melhores poemas

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