Vagueio campos noturnos
Muros soturnos
paredes de solidão
sufocam minha canção
A canção repousa o braço
no meu ombro escasso:
firmam‑se no coração
meu passo e minha canção
Me perco em campos noturnos
Rios noturnos
te afogam, desunião,
entre meus pés e a canção
E na relva diuturna
(que voz diurna
cresce cresce do chão?)
rola meu coração
Ferreira Gullar, A Luta Corporal
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