Se eu pudesse congelar o tempo,
escolheria este momento,
exatamente agora,
nesta pouca hora
de uma quarta-feira.
O gerânio novo
enfeitando a prateleira,
o riso de criança
brilhando lá fora.
O livro aberto
no lugar certo,
que simplesmente diz:
“Eu não tenho nada,
mas rouxinóis gorgolejam versos na calçada.”
É assim que se começa a ser feliz.
Flora Figueiredo, Amor a céu Aberto
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