És pequenina e ris … A boca breve
É um pequeno idílio cor-de-rosa …
Haste de lírio frágil e mimosa!
Cofre de beijos feito sonho e neve!
Doce quimera que a nossa alma deve
Ao Céu que assim te faz tão graciosa!
Que nesta vida amarga e tormentosa
Te fez nascer como um perfume leve!
O ver o teu olhar faz bem à gente …
E cheira e sabe, a nossa boca, a flores
Quando o teu nome diz, suavemente …
Pequenina que a Mãe de Deus sonhou,
Que ela afaste de ti aquelas dores
Que fizeram de mim isto que sou!
Florbela Espanca, Livros de mágoas
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