Só porque arraso quando arrojo
Raios, acham que não sei troar.
Ora, meus senhores, ao contrário:
Na arte do trovão não sou pior!
No devido dia, eu ponho à prova,
Quem duvida agora é só esperar;
O meu peito então vai trovejar,
E trincar os céus, a minha voz!
No fragor daquele furacão,
Os carvalhos secos vão rachar,
Os castelos vão desmoronar,
Velhas catedrais, ruir ao chão!
Heinrich Heine, Heine, hein? – Poeta dos contrários
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