a força que eu busco no outro,
só encontro quando eu me acolho.
envolve um certo risco se amar.
é preciso mergulhar sem saber nadar
e sem saber o que vai encontrar no fundo do mar.
mas é preciso ir.
disparar.
o melhor espelho
para cultivar amor-próprio
é o seu reflexo na água
pouco antes de pular.
há quem cante para Deus, Buda e Iemanjá.
eu canto para mim,
de olhos fechados,
sentindo a leveza do ar me tocar,
para me acalmar.
certa de que toda a espiritualidade,
independente dos nomes que a chamam,
de alguma forma me escuta e
está sempre pronta para me ajudar.
enquanto isso, respeito minhas ondas.
se eu choro, é para me recarregar.
eu me cuido com o amor que cuido dos outros
e com o amor que estou sempre disposta a dar,
por que não há outro jeito a não ser
ser minha amiga.
aceitar meu banquete,
rejeitar migalhas.
o sol descansa para a lua,
mas nunca deixa de brilhar.
felicidade é ponto de vista.
eu canto e escuto ecoar:
trabalhe em você,
na sua paz,
que em breve,
no teu peito,
o amor há de repousar.
Jaqueline Ruizé jornalista, mas seu sonho desde criança é ser escritora.
Compartilha suas poesias sobre a vida, amor e autoconhecimento no perfil
@sertodapoesia, no Instagram, e também no podcast de mesmo nome. Vê poesia
na dança, no pôr-do-sol, na música, em pessoas e em muitas outras coisas. Alguns
de seus autores preferidos são Bell Hooks, Rupi Kaur, Pablo Neruda, Agatha Christie,
Manoel de Barros, Lucão, entre outros. Seu primeiro livro chama-se “Falei de você na
terapia” e será publicado, de forma independente, em breve. Acompanhe o “ser toda
poesia” nas redes sociais para ser informado do lançamento e conferir as demais
poesias da autora.
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