Uma alga sem raiz alguma
à deriva no mar a flanar.
Lambida por ventos e ondas
vai e vem pra lá e pra cá.
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Aves sobrevoam as águas
com asas alegres, faceiras,
no azul do céu desvanecem,
rápidas, nuvens passageiras.
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Observando o bando alado,
navegou a alga sem resgate.
A onda na qual repousava,
ao ver o pôr do sol, cintilou escarlate.
Jóhann Sigurjónsson, Terra e candura: poesia islandesa reunida, Tradução: Lucas Alencar