Era uma vez
um gato chinês
que morava em Xangai
sem mãe e sem pai,
que sorria amarelo
para o Rio Amarelo,
com seu olhos puxados,
um pra cada lado.
Era um gato mais preto
que tinha nanquim,
de bigodes compridos
feito mandarim,
que quando espirrava
só fazia “chin!”
Era um gato esquisito:
comia com palitos
e quando tinha fome
miava “ming-au!”
mas lambia o mingau
com sua língua de pau.
Não era um bicho mau
esse gato chinês,
era até legal.
Quer que eu conte outra vez?
José Paulo Paes, Poemas
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lembro dos meus 7 anos quando li esse lindo poema na primeira serie do primário,hoje tenho 34 anos. esse poema nunca esqueço. eu amava as aulas d português
Que belo como a poesia pode nos acompanhar ao longo da vida! É incrível como um poema lido na infância pode deixar uma marca tão profunda. Fico feliz que as aulas de português tenham sido tão especiais para você e que esse poema tenha permanecido em sua memória. A poesia realmente tem esse poder atemporal!