És bela, sim, quando, corando, foges
De um beijo perseguida;
Ou quando cedes com mais pejo ainda,
Mas na luta vencida.
És bela, sim, quando, banhada em lágrimas,
Soltas mimosas queixas;
Ou quando, comovida por maus choros,
Já ameigar-te deixas.
És bela, sim, à luz do Sol nascente
Regando as tuas flores,
Ou com os olhos no ocaso e o pensamento
No país dos amores.
És bela sempre, e o mesmo fogo acendes
No coração do poeta;
És bela sempre, ó linda flor do prado,
Ó mimosa violeta,
Júlio Dinis, Poemas completos
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