A película repousa – não nos olhos mas repousa –
No conglomerado, o todo nublado
Em que estamos e não estamos,
Cegos de qualquer jeito.
Uma órbita abarrotada de um olho vazio
Não é fútil o bastante, nem cruel.
Até o imperfeito objeto de uma perfeita visão
É comida, de leve,
Vê só!
Eu sei de nós,
Não sou tão só assim,
Sabemos de mim,
Embora bem pouco.
A fome de contemplar
Implora com mais apetite
Depois de um susto sutil
Quando a película cai novamente
Sobre o sempre súbito estranho,
O mediador notório
Entre eu e a gente,
Entre a gente e eu,
O misterioso sejaquemfor:
Você.
Laura Riding, Poemas
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