Quando foi bom o amor,
os mortos pedem
memórias doces
que não os perturbem,
e que a gente viva
sem muito desgosto:
mais nada.
Pedem silêncio
e que os deixemos
em paz.
Os mortos
precisam de mais espaço
do que em vida:
nesse seu novo posto
não devem olhar
para trás.
(Os mortos querem licença
para morrer mais.)
Lya Luft, Para não dizer adeus