Manoel de Barros

Manoel de Barros – Singular, tão singular

Ó passar-se invisível pela alma da alameda de casas 
espaçosas 
Imaginando a feição ideal dentro de cada uma!

Ir recebendo um pouco de poesia no peito 
Sem lembranças do mundo, sem começo… 
Chegar ao fim sem saber que passou 
Tranquilo como as casas, 
Cheio de aroma como os jardins. 
Desaparecer. 
Não contar nada a ninguém. 
Não tentar um poema. 
Nem olhar o nome na placa. 
Esquecer. 
Invisível, deixar apenas que a emoção perdure
Fique na nossa vida fresca e incompreensível 
Um mistério suave alisando para sempre o coração.


Manoel de Barros, Poesia completa

Tudo é Poema

Publicado por
Tudo é Poema

Poemas Recentes

Sylvia Plath – Ariel

Pausa no escuro.… Leia Mais

4 dias atrás

Nikki Giovanni – Sede

Às 2h30 ou… Leia Mais

4 dias atrás