O beijo púrpura da morte ronda-me
A espreitar meu destino
A respiração é lenta e carregada
Cada gota de suor escorre lentamente
Meus olhos são como de boneca
Meus lábios não tem vida
Sou uma marionete
Peguei um pouco de cada doença
que pode-se pegar
Eu era a cura e as pessoas vinham
até mim
Contavam-me seus prantos
A única coisa que incomoda-me é o riso
Som enigmático e tenaz
Que destrói o silêncio e a inveja
Pois digo-te o espantalho
A meia-noite já é finda e o relógio
da o seu martelar infinito
As bruxas voam no céu
enquanto espero…
Marcio Jung, Poesias Pesadas