O gato
dorso curvado
se espreguiça
no telhado.
O galo
canto maduro
abre o bico
no alto muro.
O homem abre a janela,
a mulher, a geladeira,
e lá vem a choradeira
do bebê.
Mais um dia começa
como Deus é servido
trazendo a promessa
de ser que nem ovo
já bem conhecido
mas novo.
Marina Colasanti, O nome da manhã
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