Quando eu era pequenino
Atirava rimas ao poema
Como ossos a um cãozinho…
Eu cresci. Ele cresceu. Agora…
Que é ele e quem sou eu,
Que não mais nos conhecemos?
Quando, agora, a sós ficamos,
Nous hurlons de nous trouver ensemble:
Quase que nos devoramos…
Mas vem a aurora apagadora de lampiões
E vem, pé ante pé, a hora
Burguesa e triste do café
(Pelas encostas do tempo
Soluçam rimas de outrora…)
E fica tudo para o próximo
Round!
Mario Quintana, Antologia poética