Não quero a negra desnuda.
Não quero o baú do morto.
Eu quero o mapa das nuvens
E um barco bem vagaroso.
Ai esquinas esquecidas…
Ai lampiões de fins de linha…
Quem me abana das antigas
Janelas de guilhotina?
Que eu vou passando e passando.
Como em busca de outros ares…
Sempre de barco passando,
Cantando os meus quintanares…
No mesmo instante olvidando
Tudo o de que te lembrares.
Mario Quintana, A rua dos cataventos