Era um lugar em que Deus ainda acreditava na gente…
Verdade
que se ia à missa quase só para namorar
mas tão inocentemente
que não passava de um jeito, um tanto diferente, de rezar
enquanto, do púlpito, o padre clamava possesso contra pecados enormes.
Meu Deus. até o Diabo envergonhava-se.
Afinal de contas, não se estava em nenhuma Babilônia…
Era, tão só, uma cidade pequena,
com seus pequenos vícios e suas pequenas virtudes: um verdadeiro descanso para a milícia
dos Anjos com suas espadas de fogo.
– um amor!
Agora, aquela antiga cidadezinha está dormindo para sempre
em sua redoma azul, em um dos museus do Céu.
Mario Quintana, Baú de Espantos