Era um caminho tão pequenino
Que nem sabia aonde ia,
Por entre uns morros se perdia
Que ele pensava que eram montanhas…
Enquanto a tarde, lenta, caía,
Aflitamente o procuramos.
Sozinho assim, aonde iria?
Porém, deixamos para um outro dia…
Perdido e só, nós o deixamos!
E quando, enfim, ali voltamos
Já nada havia, só ervas más…
Tão vasto e triste sentiste o mundo
Que te achegaste, desamparada…
E foi bem juntos que regressamos,
Ombro com ombro, a mão na mão,
Enquanto, lenta, caía a tarde
E nos espiava a bruxa negra…
E nos seguia a bruxa negra
Que hoje se chama Solidão!
Mario Quintana, Baú de Espantos