Eu te paguei minha pesada moeda,
Poesia…
Ó teus espelhos deformantes e límpidos
Como a água! Sim, desde menino,
Meus olhos se abriam insones como flores no escuro
Até que, longe, no horizonte, eu via
A Lua vindo, esbelta como um lírio…
Às vezes numa túnica de Infanta
Sonâmbula… Às vezes virginalmente nua…
E era branca como as nozes que os esquilos
descascam na mata…
Pura como um punhal de sacrifício…
(Em meus lábios queimava-se, ignorada, a palavra
mágica!)
Mario Quintana, Melhores poemas