Não sei
o que querem de mim essas árvores
essas velhas esquinas
para ficarem tão minhas só de as olhar um momento.
Ah! se exigirem documentos aí do Outro Lado,
extintas as outras memórias,
só poderei mostrar-lhes as folhas soltas de um álbum de
aqui uma pedra lisa, ali um cavalo parado
ou
uma
nuvem perdida,
perdida…
Meu Deus, que modo estranho de contar uma vida!
Mario Quintana, Esconderijos do tempo